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Água-viva


Apesar de possuir um corpo gelatinoso e parecer bastante sensível, sua alimentação é do tipo carnívoro. Mas calma, elas não tem o objetivo de nos devorar quando nos "atacam" nas praias. As de porte menor alimentam-se geralmente de algas e plânctons minúsculos. Já as maiores se alimentam de crustáceos e outros seres marinhos maiores.
Quando elas notam a presença de um animal, elas soltam uma espécie de gatilho, presente em seus tentáculos, nestes estão os cnidoblastos (célula especializada, que possui características urticantes), com os nematocistos (pequenos órgãos semelhantes a arpões carregados de toxinas), onde ficam armazenadas a toxina que causa reação alérgica nos seres humanos (inflamação na pele) e em outros animais.
Os nematocistos são responsáveis por enrolar ou desenrolar um filamento, que é expelido quando o cnidário é tocado. Assim o agressor é inoculado com a substância tóxica (constituída de proteínas). Esta estrutura é muito importante, pois serve não somente como sistema de defesa, mas também para capturar alimentos, visto que os cnidários são carnívoros e precisam ter um mecanismo eficaz para garantir seu alimento.
Seus cnidoblastos variam de acordo com a espécie e sua reação é relacionada ao tamanho do animal. Quando elas capturam uma presa, ao liberar essa substância, elas provocam uma paralisia na presa, incapacitando a fuga do mesmo.


A ação da toxina pode causar reação alérgica nas pessoas ou até choque anafilático, isto se a pessoa for alérgica àquela toxina. Mesmo com os “ataques” de águas vivas aumentando no Brasil (Bombeiros registram seismil casos de queimadura por água-viva no PR) os animais com maior poder de causar acidentes ao ser humano são encontrados na costa australiana - uma espécie de caravela e uma micro água-viva, com grande poder de intoxicação.

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